Vulcano: Entre o Ferro Reciclado e a Expressão Artística Sustentável

Quézia Sengo

A empresa Li Metal, amplamente reconhecida como Vulcano, destaca-se no cenário empresarial por sua abordagem criativa e inovadora na transformação de sucatas em obras de arte. 

A Vulcano não apenas desafiou as expectativas tradicionais da indústria de reciclagem, como redefiniu o conceito de arte sustentável.

Com um compromisso firme com a preservação do meio ambiente, a empresa transforma materiais descartados em esculturas, instalações e peças decorativas exclusivas. Cada obra é meticulosamente projectada, destacando a habilidade artística e a atenção aos detalhes que a Vulcano incorpora em cada projecto.

Quézia Sengo

Com uma história que se estende por mais de seis décadas, a instituição é actualmente dirigida pelo arquitecto Rui Paulino, que deu continuidade ao legado de seu pai, um antigo gestor da Vulcano. Rui, integrando seus conhecimentos em arquitectura com as habilidades herdadas de seu pai, assumiu a liderança e o compromisso com a arte sustentável 

O comprometimento com a reciclagem e a aspiração de conferir uma segunda vida a materiais descartados, inspiraram o gestor da Vulcano e sua equipe a criar uma abordagem inovadora, transformando sucatas em autênticas obras de arte.

A empresa não apenas contribui para a sustentabilidade ambiental, mas também celebra a criatividade, transformando objectos negligenciados em grandes expressões artísticas e raras.   Combinando forma e função, a empresa destaca-se não apenas pela estética, mas também pela capacidade de reutilizar materiais de forma inovadora.

Gestor da Vulcano

Os Bastidores da Criação

O processo de criação na Vulcano inicia-se com a colecta selectiva de sucatas, incluindo metais, peças de automóveis e objectos descartados. Esses elementos, muitas vezes considerados sem valor, tornam-se a matéria-prima para os artistas da empresa, que utilizam técnicas de soldagem, modelagem e pintura. 

A empresa tem participado de exposições, destacando sua habilidade em transformar o ordinário em extraordinário. Além disso, a Vulcano colabora com artistas locais, promovendo a troca de conhecimentos e impulsionando a inovação na interseção entre arte e reciclagem.

Além do impacto ambiental positivo, a Vulcano contribui para o desenvolvimento socioeconômico local. A criação de empregos especializados e a promoção de uma abordagem mais consciente em relação aos resíduos sólidos, demonstram o compromisso da empresa com a responsabilidade social corporativa.

Quézia Sengo

À medida que a consciência ambiental cresce globalmente, a Li Metal encontra-se na vanguarda da transformação de resíduos em obras de arte. Com uma visão clara para o futuro, a Vulcano continua a desafiar os limites da criatividade e da sustentabilidade, demonstrando que o descarte pode ser mais do que um fim, mas sim o início de algo significativo.

As instalações com figuras de animais diversos, não passam despercebidas e são uma crítica às questões ambientais e a ameaça de extinção de animais. 

A estrutura da casa de ferro da Vulcano, começou a ser construída no ano de 2010, e ao longo dos anos, a estrutura evoluiu para se tornar um notável museu artístico, destacando-se pelo uso do ferro reciclado. 

A galeria

A galeria da Vulcano não se limita apenas a uma exposição permanente de peças artísticas esculpidas em ferro velho, destaca-se igualmente como um espaço multifuncional que oferece uma experiência cultural abrangente.

Em suas instalações, há diversas coleções permanentes para apreciar e desfrutar de um ambiente especialmente projectado para a realização de eventos culturais nas áreas de música, moda e literatura, com experiência enriquecida para os visitantes..

Além disso, a Galeria da Vulcano desempenha um papel fundamental como local de aprendizado, facilitando visitas de estudo com oficinas artísticas. Essas actividades educativas visam proporcionar uma compreensão mais profunda do processo de criação artística com materiais reciclados, promovendo uma apreciação consciente das práticas sustentáveis no campo da arte.

Quézia Sengo