20 Anos de trabalho fazem isto ao teu corpo!

Foto: Fellowes

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A trabalho remoto tem estado a ser uma alternativa viável, e até mais económica nos últimos tempos. Com o surgimento da pandemia da COVID-19 nos últimos meses, pessoas que já trabalhavam remotamente tiveram certeza sobre o facto de que aquela era a forma como pretendiam levar a vida profissional, outras tiveram a oportunidade de descobrir o trabalho fora dos escritórios tradicionais.

A primeira actividade de trabalho à distância aconteceu nos EUA, em 1857, na realização de trabalhos com telégrafo, um sistema de transmissão e recepção de mensagens, que utilizava electricidade para enviar mensagens codificadas através de fios. O termo tele-trabalho só foi conhecido mais de um século depois, em 1970, para se referir ao trabalho que acontecia fora das dependências do empregador, quando o mundo passava pela crise de petróleo.

Foto: Unsplash

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É verdade que, nestas circunstâncias muitos gastos são reduzidos, o de deslocamento por exemplo, daí (também) o home office ganhar maior espaço e estar mundialmente difundido. Entretanto, a experiência mostra que trabalhar em casa tem também desafios, às vezes é a falta de um ambiente propício, sendo que é necessário criar um espaço físico para trabalhar, disciplinar as pessoas que usam do ambiente doméstico de modo a evitar interrupções e prejudicar a produtividade. E aqui começa também outro problema, muitas vezes as pessoas que trabalham em casa estão tão envolvidas com o trabalho que ao final estão em frente a uma tela e sentadas por mais de dez horas, o que é uma grande armadilha para o corpo.

Para ilustrar o quão importante são as estações de trabalho saudáveis, a empresa britânica de equipamentos de escritório Fellowes encomendou um modelo real e em tamanho real chamado “Emma”, cuja miríade de doenças mostra o lado negro de para onde estamos a caminhar se os confortos do trabalho continuarem sem controle e continuarmos metidos por horas sentados em uma cadeira com uma tela à frente. A mulher realista, aparentemente de meia-idade, foi projectada em parceria com o futurólogo comportamental William Higham, que trabalhou com uma equipa de especialistas em saúde para descompactar dados de pesquisa colectados na França, Alemanha e Reino Unido, enviados por mais de 3.000 funcionários de escritório. O estudo, chamado The Work Colleague of the Future, revelou que 9 em cada 10 trabalhadores de escritório britânicos atribuem sua saúde debilitada ao ambiente de trabalho, alegando que as seis horas diárias gastas em uma mesa contribuem para problemas de visão, dores nas costas e dores de cabeça. Emma é uma manifestação desses sintomas.

Sua postura inadequada é um lembrete de que passar o dia todo curvado sobre a tela do computador não é bom para a coluna. Seu estômago redondo indica falta de exercícios. E sua pele está vermelha, graças ao eczema induzido pelo estresse. Higham, que liderou o relatório do local de trabalho, disse ao Independent : “A menos que façamos mudanças radicais em nossas vidas profissionais, como nos mudarmos mais, abordar nossa postura em nossas mesas, fazer pausas regulares para caminhadas ou considerar melhorar a configuração de nossa estação de trabalho, nossos escritórios vão nos deixar muito doentes.”

Foto: Fellowes

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Os olhos secos e vermelhos de Emma são uma resposta óbvia a muito tempo na tela, e as veias varicosas em suas pernas são de má circulação, assim como os membros e maças do rosto inchados. Para simplificar, Emma é um conto de advertência, projectado para nos mostrar a realidade de como nossos hábitos de trabalho afectarão nosso corpo nos próximos 20 anos, se não mudarmos a forma como encaramos e fazemos o nosso trabalho.

 

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