Arquitectura além da imaginação: o legado da rainha das curvas e contornos, Zaha Hadid
Zaha Hadid, uma mulher cujo nome se tornou numa verdadeira inovação no campo de arquitectura, é reverenciada como a Rainha da Arquitectura Orgânica ou a Rainha das Curvas na Arquitectura.
Nascida a 31 de Outubro de 1950, em Bagdá, capital do Iraque, Hadid, anos depois mudou-se para Inglaterra, e iniciou a sua formação na Architectural Association School of Architecture, em 1977, uma universidade para classe alta.
Durante esse período, a artista começou a trabalhar em escritórios renomados, incluindo o Groupe Des Recherches de L'Architecture Progressive em Paris, e foi lá que a sua paixão pela arquitectura futurista e orgânica começou a florescer.
Em 1979, a arquitecta deu início à carreira a solo, e na década de 80, fundou a sua empresa de arquitectura e design, Zaha Hadid Archiects.
A arquitecta conseguiu destaque em sua profissão quando, com pouco tempo de carreira, ganhou o prestigiado concurso Hong Kong Peak Club, ao elaborar um centro de lazer e recreação, em 1983, ainda assim, o projeto nunca foi construído.
Um dos primeiros projectos construídos e executados pelo escritório de Zaha Hadid foi o prédio do corpo de bombeiros de Vitra, na Alemanha, no ano de 1993. A profissional ficou mundialmente conhecida e se tornou inspiração no âmbito da arquitectura devido à suas formas únicas, caracterizadas por fachadas curvas e sinuosas.
O trabalho de Zaha Hadid é distinguido por suas formas fluidas, linhas sinuosas e estruturas que desafiam a gravidade. Seus projectos mais famosos incluem o Centro Aquático de Londres, construído para as Olimpíadas de 2012, e o Museu MAXXI em Roma.
A artista foi a primeira mulher a receber o Prémio Pritzker de Arquitectura em 2004, um prémio que tem como propósito homenagear arquitectos vivos, cujo trabalho construído demonstra uma combinação dessas qualidades de talento, visão e compromisso, que produzem contribuições consistentes e significativas para a humanidade.
Com o ambiente construído através da arte da arquitectura, Hadid solidificou seu status como uma das figuras mais influentes no campo dessa criatividade.
O estilo de Zaha é muitas vezes descrito como arquitectura de vanguarda, pois as suas criações abraçam o dinamismo, a fluidez e a experimentação. Ela incorporava elementos naturais e orgânicos em seus projectos, criando edifícios que parecem brotar da terra ou fluir como rios.
Zaha Hadid faleceu aos 65 anos, em 2006, e o seu legado é marcado por uma carreira notável e uma série de projectos arquitectónicos icônicos que desafiaram as convenções e redefiniram o panorama da arquitectura contemporânea.
Durante toda a sua carreira Zaha, recebeu duras críticas, pois, a sua profissão era considerada por muitos, como uma arquitecta formalista ao serviço de uma sociedade da aparência.
Os jornalistas perseguiam-na pelos seus projectos em países como o Qatar, onde os trabalhadores da construção civil consideram-se tratados como escravos. Sua visão audaciosa e inovadora desafiou os limites da construção convencional.
Além de seu talento inegável como arquitecta, Zaha Hadid também quebrou barreiras de género na indústria da arquitectura.