As Obras Quase Hipnóticas de Janet Echelman
Janet Echelman é uma artista norte-americana, nascida a 19 de Março de 1966, cujas obras desafiam a categorização convencional das disciplinas artísticas, a razão é que, para além de ela estar voltada para uma só disciplinas, busca sempre diferentes materiais e soluções, em vários campos, como é o caso da escultura, arquitectura, design urbano, ciência de materiais, engenharia estrutural, aeronáutica e ciência da computação. E o resultado dessa interdisciplinaridade, a sensação de contemplar o seu trabalho é quase hipnótico em alguns casos
As praças públicas onde Janet projecta as suas obras, quase sempre ganham vida, devido à escala enorme, a sensação de grandeza que estas proporcionam aos visitantes, oferecendo-os a oportunidade de contemplarem o fenómeno, resultado, por exemplo, de um grande objecto que é orientado pelo vento e pelas luzes.
Nomeada como uma das maiores inovadoras da cultura popular americana na arquitectura urbana, por mudar a essência dos espaços urbanos, Elchelman, trabalha com este tipo de material para manifestação artística há pelo menos 14 anos, normalmente fibras de redes de pescas para criar novas formas permanentes, ondulantes, voluptuosas, à escala de edifícios e quarteirões de cidades à volta do mundo.
Formou-se na universidade da Harvard, onde teve a oportunidade de estudar caligrafia. Estudou pintura chinesa em Hong kong em 1987, mais tarde viajou para indonésia a fim de aprender artes têxteis tradicionais com artesãos e fazer uma combinação com a pintura contemporânea. Devido a um episódio que ocorreu no percurso da sua carreira, se viu obrigada a voltar para os Estados Unidos, onde foi leccionar na universidade de Harvard. Apôs 7 anos, ganhou uma bolsa Fullbright de estudos de arte criativa para a índia, onde viria a descobrir uma nova experiência de criar esculturas volumétricas de grande dimensão de materiais não sólidos e pesados, usando assim fios de fibra de pescas.
Para Janet Echelman não existe limite, após fazer as suas apresentações com uso de redes de pescas e outras técnicas como rendas aprendidas durante a viagem que fez para Lituânia, coube-lhe a tarefa de tentar criar materiais que pudessem transmitir às suas obras consistência, durabilidade e ao mesmo tempo que fossem macias e maleáveis o suficiente para se moverem fluidamente ao vento de forma permanente e em espaços urbanos e turísticos, assim a engenharia entra como parte da solução em seu trabalho artístico.
Hoje, Echelman explora o que há de mais moderno e conta com uma equipa de designers, arquitectos, engenheiros aeronáuticos, engenheiros de computação, engenheiros mecânicos, paisagistas e fabricantes de materiais no seu estúdio (Studio Statement) que garantem que os seus projectos se tornem permanentes e explorem novas tecnologias com combinações de artes milenares afim desses espaços urbanos adquirirem uma identidade local e serem capazes de convidar os visitantes a participarem do deslumbre, do dinamismo, criados entre o espaço e as artes
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