Bioplástico feito de plantas aquáticas entre os vencedores do prêmio africano de plásticos

No total, são nove países que saíram como vencedores do Afri-Plastics Challenge - um programa do governo canadense e a empresa social Challenge Works, que é destinado a empresas na África Subsaariana que trabalham para combater a poluição plástica.

O prémio da competição que estava orçado em £4,1 milhões foi dividido entre os nove projectos, incluindo um projecto de fraldas reutilizáveis de Ruanda, e uma empresa queniana, que tem seu enfoque para a fabricação de escovas de lavar louça por meio de fibras de coco descartadas. 

Imagem: Dezeen

“Onze milhões de toneladas de resíduos plásticos entram no oceano a cada ano, e os vencedores do Afri-Plastics Challenge estão a colocar a inovação africana no centro da resolução deste problema global” - disse o director administrativo da Challenge Works, Tris Dyson ao site Dezeen.

O programa que foi lançado em julho de 2021 recebeu mais de mil inscrições, que foram reduzidas a uma lista dos 40 projectos mais promissores, sendo que 60% dos mesmos, eram liderados por mulheres. 

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Os nove projectos finalistas em conjunto com os outros 31 projectos pré-seleccionados, receberam £4,8 milhões num financiamento inicial, subsídios e apoio durante toda a duração da competição - “Estamos concedendo mais de £4 milhões para empresas que já estão dobrando as taxas de reciclagem graças ao Afri-Plastics Challenge , ao mesmo tempo em que fornecem novas fontes de renda para famílias e empresas pioneiras”, disse Dyson citado pelo Dezeen.

Como destaca o Dezeen a maior parte do prémio no valor de £1 milhão foi para a Green Industry Plastic - com um projecto que estabelece lixeiras de doação de plástico em todo o Togo e treina jovens e mulheres na triagem e reciclagem de resíduos para fazer materiais de construção, derretendo o plástico, para depois misturar com a areia e lançar-se em moldes para criar tijolos e pedras de pavimentação para a comunidade local. 

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Para o CEO da empresa “Ecopave”, localizada em Togo, o conceito da iniciativa está centrada na inovação pensada para conquistar as mentes das pessoas comuns e convencê-las a fazer escolhas mais sustentáveis ​​nos materiais que usam e na forma como descartam o plástico. 

Na lista, das empresas vencedoras, tem ainda a empresa queniana Chemolex, que desenvolveu um bioplástico feito de jacintos-de-água invasivos que cobrem o Lago Vitória, que foi concedida o prémio de £750.000. O material usado pela empresa para produção do plástico oferece uma alternativa aos plásticos de origem fóssil, ao mesmo tempo em que cria um incentivo econômico para a remoção de espécies invasoras que causam estragos no ecossistema local. 

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Uma outra empresa queniana de nome EcoCoCo, levou de prémio £250.000, e teve uma abordagem diferente da outra, pois se concentrou em encontrar um substituto sem plástico para as tradicionais escovas e esfregões, sendo peças feitas com resíduos de casca de coco para cerdas e cabos feitos com sobras de madeiras e carpinteiros locais. 

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Outro projecto vencedor foi da empresa Toto Safi, de Ruanda, um serviço de assinatura acessível administrado por mulheres que entrega e limpa fraldas, com a finalidade de reduzir as 7.000 fraldas descartáveis que um bebé médio precisa antes de ser treinado para ter a independência de usar um penico. 

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Os outros projectos que saíram vencedores foram: Mega Gas, Ukwenza VR e Baus Taka Enterprise do Quênia, Chanja Datti da Nigéria e Catharina Natang dos Camarões. 

Conforme menciona o Dezeen, a poluição plástica está no topo da agenda global no momento, já que a segunda rodada de negociações para o Tratado Global de Plásticos da ONU ocorreu em Paris, há pouco tempo. Uma vez que o Greenpeace apresentou o tratado concentrado em limitar e reduzir gradualmente a produção de plástico, não tratando a reciclagem como uma solução milagrosa, tendo descrito em um relatório que os polímeros reciclados geralmente contêm produtos químicos mais tóxicos do que o plástico virgem .

O Afri-Plastics Challenge foi financiado pelo Governo do Canadá como parte do Fundo de Mitigação de Lixo Marinho.