Construção totalmente eléctrica: Lei proíbe o uso de combustíveis fósseis em novos edifícios em Nova York
A cidade de Nova York, nos Estados Unidos de América, aprovou um projecto de lei que proíbe o uso de combustíveis fósseis para geração de energia, aquecimento entre outras tarefas em novos edifícios a serem construídos na cidade.
O projecto que foi originalmente apresentado ao senado em 2021, proíbe o uso de combustíveis fósseis, como petróleo e gás na infraestrutura operacional de novos edifícios a serem edificados.
O senador da cidade, Brian Kavanagh, disse à revista Dezeen, que com a proibição do uso de combustíveis fósseis em novas construções, não se está apenas a reduzir o impacto ambiental no sector imobiliário, mas também, está a transformar o futuro da economia verde de Nova York.
Com a aprovação da lei as autoridades locais não terão como permitir, na cidade, a instalação de sistemas que possam ser utilizados para a combustão de combustíveis.
Contudo, a lei abre excepções para geradores de “backup” para edifícios como estabelecimentos comerciais de alimentos, laboratórios e hospitais, mas apenas em uma área, em que o edifício a ser construído, será tecnicamente inevitável proibir o uso de combustível fóssil.
A lei entrará em vigor para novas residências unifamiliares e edifícios baixos com menos de seis andares construídos após 2023 e para todos os edifícios restantes em julho de 2027.
O projecto de lei foi bem recebido pelo Instituto Americano de Aquitectos (AIA), citado pela Dezeen, o presidente da AIA em Nova York, Matt Bremer afirmou que a legislação visionária estabelecerá um novo padrão para o futuro do projecto e construção de edifícios no estado de Nova York, pois o Estado servirá como exemplo a ser seguido.
Matt Bremer acrescentou dizendo que como arquitectos, estão ansiosos para enfrentar o desafio de projectar edifícios que sejam sustentáveis e resilientes, além de bonitos e funcionais e que beneficiem a todos os nova-iorquinos nas próximas gerações.
Segundo a revista Dezeen, no projecto de lei, os redactores citaram uma estatística da US Energy Information Administration, que diz que 28% do uso de energia do país e das emissões de gases de efeito estufa vem de edifícios.
Nos últimos anos, também, arquitectos e críticos têm destacado a necessidade de reduzir o “carbono incorporado” – ou a quantidade de carbono que vai para extracção, transporte e construção de materiais usados em edifícios.