Prémio de Fotografia Jacques Chirac: Impulsionando a Criação Contemporânea

Desde a sua criação em 2008, o Prémio de Fotografia Jacques Chirac, promovido pelo Musée du Quai Branly, tem desempenhado um papel fundamental no apoio à fotografia contemporânea e na promoção da diversidade artística global. O prémio é concedido anualmente a três laureados, permitindo que artistas não europeus desenvolvam projectos inovadores que ampliam as fronteiras da expressão fotográfica.

Oportunidade para Fotógrafos Internacionais

O Prémio Jacques Chirac está aberto a artistas de África, Américas, Ásia e Oceânia, sem restrição de idade. Com um valor de €30.000 para cada vencedor, o programa cobre despesas relacionadas com a criação do projecto, incluindo viagem, acomodação e custos técnicos. Além disso, o museu cobre os custos de estadia em Paris para a impressão das obras e a sua integração na coleção permanente do Musée du Quai Branly.

Os projectos são selecionados com base na originalidade artística, priorizando abordagens inovadoras que vão além do documentário tradicional. O objectivo é incentivar a exploração de novas narrativas visuais e a reflexão sobre questões sociais, culturais e históricas.

Projectos de Destaque

Ao longo dos anos, o prémio revelou talentos que trouxeram novas perspectivas para a fotografia contemporânea. Alguns dos projectos mais impactantes incluem:

  • 137 Years de Zhao Renhui (Singapura): Uma abordagem visual sobre a relação entre humanidade e ecossistemas, explorando a interferência humana no meio ambiente.

  • Cartographies of Escap de Luis Carlos Tovar (Colômbia): Um olhar sensível sobre a crise migratória, abordando memórias e trajetórias de deslocamento.

  • Imaginary Trip II de Gosette Lubondo (RDC): Um projecto que revisita a memória pós-colonial, desconstruindo narrativas históricas através da fotografia encenada.

  • La Etapa Bruja de Liza Ambrossio (México): Uma exploração artística sobre a desconstrução do modelo patriarcal e as suas influências na sociedade.

  • Resident and Visitors de Brook Andrew (Austrália): Uma análise visual sobre identidade e pertença na contemporaneidade.

Essas obras, juntamente com outras 47 criadas ao longo dos 17 anos do programa, ajudaram a expandir o acervo fotográfico do Musée du Quai Branly, que hoje conta com mais de 710.000 imagens históricas e contemporâneas.



Como Participar

O prémio está aberto a fotógrafos individuais e colectivos. Os interessados devem apresentar um projecto original, demonstrando experiência e qualidade artística. Os vencedores de edições anteriores não podem concorrer novamente.

O Musée du Quai Branly segue o seu compromisso de dar visibilidade a artistas de diversas origens, criando um espaço para narrativas fotográficas inovadoras e reflexivas. Com essa iniciativa, o museu reafirma a sua missão de valorizar culturas não europeias e fomentar o diálogo entre arte, história e sociedade.

Para conhecer mais sobre as edições anteriores e aceder às obras premiadas, visite o site oficial do museu: www.quaibranly.fr/en.



 

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